terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

Rede própria de telecom do Governo preocupa operadoras

A posição de parte do poder Executivo de adotar uma rede própria para a oferta de serviços de telecomunicações, entre eles, o VoIP , através da Infovia, gerenciada pelo Serpro, preocupa as operadoras, que hoje, mantêm contratos com as autarquias e órgãos. No caso da Brasil Telecom,incumbent em Brasília, o impacto pode vir a ser sentido na receita de telefonia e de dados corporativos.

O propósito do Governo parece ser uma estratégia definida para 2007. Tanto é assim que, no último trimestre do ano passado,duas megalicitações já foram realizadas - Ministério do Planejamento e do INSS vencidas, respectivamente, pela Siemens e pela Alcatel. A rede utilizada para viabilizar o serviço é a Infovia, controlada pelo Serpro e com infra-estrutura em todo o país.

Para o vice-presidente financeiro da Brasil Telecom, Charles Putz, até o momento, não há uma posição oficial do governo, que é uma vertical da área corporativa com relação ao uso ou não de uma rede própria para todos os serviços.

"É claro que o governo quer reduzir seus custos e também renegocia seus contratos. Se houver o uso de uma rede própria será um prejuízo para todas as operadoras, já que não haverá mais esse tráfego", analisa.

Ainda de acordo com o vice-presidente financeiro da Brasil Telecom, a decisão de manter uma rede própria requer investimentos, atualização de infra-estrutura, enfim, custos que podem vir a impactar as contas finais do Governo.

"Manter uma rede própria não é uma tarefa tão simples. As atualizações são constantes. O investimento é permanente. Por isso não vislumbro como uma opção para o Governo, preocupado em reduzir custos, ter uma infra-estrutura própria de telecom",diz Putz,admitindo que, numa primeira avaliação, a Brasil Telecom será uma das mais prejudicadas com a mudança do processo, já que atua no Distrito Federal.

Só que todas as outras concessionárias, inclusive quem explora a longa distância, também perderão contratos. "A vertical governo é bastante competitiva. Se ele fizer a opção pela rede própria, o mercado como um todo irá perder", completou o vice-presidente financeiro da Brasil Telecom.

Fonte: IDG Now!


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