terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

VoIP exige uma discussão regulatória imediata

O presidente da Brasil Telecom, Ricardo Knoelpfelmacher, minimizou o efeito de VoIP na receita de serviços de telefonia na operadora, mas afirmou que o tema é importante e que requer, o quanto antes, a discussão de temas, que já movimentam órgãos regulatórios e provedores em outros países, entre eles, a questão da rastreabilidade das ligações VoIP e da neutralidade das redes.

"A rastreabilidade é uma exigência legal. No VoIP é impossível rastrear qualquer ligação. Não há como saber e os órgãos de segurança precisam estar cientes deste aspecto tecnológico", destacou o presidente da BrT.

A questão da neutralidade das redes é a mais polêmica de todas já que envolve o uso da rede das operadoras incumbents pelos provedores de VoiP para assegurar a qualidade do serviço. "Sei que não é um tema fácil, mas terá que ser posto à mesa, mais cedo ou mais tarde e isso irá para o órgão regulatório", declarou Knoelpfelmacher.

Exemplos de embates na área não faltam. Nos Estados Unidos, as operadoras incumbents, especialmente, a Verizon, questionou o fato de ter de ceder infra-estrutura à Vonage, pioneira na oferta de VoIP, em função da neutralidade de rede.
Do ponto de vista da receita da Brasil Telecom, VoIP tem sido até um indutor de receita na área de serviços móveis, uma vez que a maior parte dos usuários se utiliza do serviço através de conexões banda larga , ofertadas pelo ADSL .

No mercado corporativo, VoIP também é um indutor de negócios, uma vez que as empresas contratam uma solução de dados corporativa, no caso VPNs, onde utilizam a rede IP da Brasil Telecom para realizar o tráfego das suas redes de voz, dados e imagens. "Na verdade, VoIP terminou não sendo o bicho papão que se imaginava", completou o presidente da Brasil Telecom.

De acordo ainda com o vice-presidente financeiro da operadora, Charles Putz, o impacto do serviço NetFone, da Net/Embratel, na área de atuação da BrT foi "mínimo". O executivo lembra que a BrT é a única operadora de telefonia fixa que tem,de fato, uma concorrente: a GVT.

"O NetFone é mais uma concorrente para enfrentarmos, como já enfrentamos a GVT, uma situação diferenciada em relação às demais concessionárias", completou. A Brasil Telecom registrou, em 2006, um lucro de R$ 470 milhões, o primeiro da sua história.


Fonte: IDG Now!


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